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De
acordo com o extensionista e secretário de Agricultura de Alagoa
Grande, Paulo Luís dos Santos, a comunidade, que sobrevive de
agricultura de subsistência, passa por uma série de problemas
relacionados à carência de apoio financeiro e social. “Estamos tentando
ajudar aquelas famílias. É apenas o início de um longo trabalho que
teremos pela frente, mas acredito que com o apoio do Governo do Estado
concluiremos em médio prazo”, disse.
Ele explicou
que são tantas as carências vivenciadas no dia a dia das famílias ali
residentes que será necessário uma assistência técnica urgente e
continuada para que a situação seja efetivamente amenizada. Lembrou que o
quilombo Caiana dos Crioulos foi reconhecido pela Fundação Cultural
Palmares (FCP) e tem uma história que deve seguir e deixar o seu legado
para as futuras gerações.
Dispostas
a ajudar, as famílias quilombolas deram o pontapé inicial para a
recuperação da área de 30 hectares onde vivem, participando na
segunda-feira (3) do mutirão de reflorestamento realizado pelo
escritório da Emater de Alagoa Grande. No local foram plantadas 100
mudas de ipês e diversas espécies de frutíferas. A intenção é arborizar
todo o quilombo e adjacências.
Segundo o
coordenador regional da Emater em Guarabira, José Pereira da Silva,
dentro de poucos dias o quilombo será contemplado com duas mandalas, um
sistema de plantio com o cultivo de hortaliças diversas e fruteiras como
acerola, caju e goiaba. “Essas, e outras ações que certamente virão,
devem contribuir para a geração de trabalho, renda e, consequentemente, a
melhoria da qualidade de vida dessas”, informou.
Eco
Produtivo - Integrantes do Projeto Ecoprodutivo, uma iniciativa do
Governo do Estado sob execução da Gestão Unificada
(Emepa/Interpa/Emater), as comunidades quilombolas Pitombeira, em Várzea
e Bomfim, em Areia, atendem a 93 famílias agricultoras. Dentre outras
ações, as comunidades foram beneficiadas com feiras agroecológicas,
plantio de palma forrageira para multiplicação dos campos e formação de
bancos de proteína animal, instalação de energia fotovoltaica, aquisição
de reprodutores caprinos e ovinos destinados ao melhoramento genético
dos rebanhos, construção de barragem subterrânea, plantio de mudas
frutíferas e de essências florestais, aquisição de kits de avicultura
alternativa e peixamento de açudes e barreiros.
Afora
outras ações trabalhadas nos quilombos, as famílias também recebem
cursos de capacitação em educação ambiental, resíduos sólidos, coleta
seletiva, apicultura, avicultura, quintais produtivos, nivelamento,
protocolo animal e inseminação artificial, gestão em associativismo e
turismo rural, manejo de caprinos e ovinos e confecção de blocos
nutricionais para alimentação animal.
Na Paraíba, são
39 comunidades quilombolas, beneficiando mais de duas mil famílias nas
regiões do Litoral, Brejo, Agreste, Curimataú e Cariri. Desse total, 37
já possuem certidão da Fundação Cultural Palmares e duas estão em
processo de reconhecimento.
Severino Antonio (bibiu) reproduz a matéria colhida no site Gestão Unificada do Gov. da Paraiba
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