quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CÍCERO LUCENA É CONDENADO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

A Justiça Federal na Paraíba condenou o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) por improbidade administrativa por conta de acusações de irregularidades na aplicação de recursos federais em 1998, quando era prefeito de João Pessoa. Com a decisão, o tucano teve os direitos políticos suspensos por oito anos e ficou impedido de contratar com o poder público pelo mesmo período. Ele terá de pagar também uma multa de R$ 760,5 mil.
A sentença, do juiz Alexandre de Luna Freire, da 2ª Vara Federal, foi feita na segunda-feira e publicada nesta terça-feira no Diário de Justiça. A condenação foi baseada em uma denúncia do Ministério Público Federal, que aponta que o senador firmou um contrato irregular com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 2,5 milhões, para a pavimentação de ruas da capital paraibana.
Segundo a ação, ao invés de realizar licitação para as obras, o tucano usou uma disputa feita em 1991, em que a empresa Coesa Comércio e Engenharia Ltda foi vencedora. A Coesa, porém, passou o contrato à Cojuda Construtora Julião Ltda.
As duas empresas também foram condenadas a pagar o mesmo valor que o senador, e ficaram proibidas de contratar com o poder público por oito anos. O empresário Julião Antão de Medeiros, proprietário da Cojuda, também teve a mesma sentença.
O ex-secretário de Infraestrutura Potengi Lucena, denunciado pelo MPF, não foi condenado. As acusações contra ele prescreveram em março de 2005.
Apesar da condenação por improbidade, a Justiça Federal deixou a cargo do Congresso a decisão sobre a cassação do mandato do tucano. Por considerar que as partes poderão “arcar com o eventual ressarcimento ao qual seja condenada”, a Justiça não bloqueou os bens dos envolvidos.
Ainda cabe recurso de decisão. Não conseguimos contato com o senador e os demais condenados no processo para comentar a decisão da Justiça.
Bloqueio de bens
Ontem, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recurso do senador e admitiu a hipótese de que os bens dele fiquem indisponíveis por conta de ações de improbidade administrativa no período em que era prefeito da capital paraibana.
De acordo com o processo, os atos de improbidade administrativa atribuídos ao senador segundo o Ministério Público Federal estão relacionados às provas colhidas na Operação Confraria. A investigação visava um suposto esquema de licitações irregulares e desvio de verbas na prefeitura de João Pessoa, em obras que receberiam repasses do orçamento da União, à época em que Lucena era prefeito.
Com Terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário