segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

APOSENTADOS NO BRASIL SOFREM COM REDUÇÃO EM SUAS APOSENTADORIAS - FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO SERIA UMA BREVE SOLUÇÃO



Trabalhadores têm prazo predefinido para o empobrecimento: a aposentadoria

 

















Pesquisa feita pela Wells Fargo, especializada na prestação de serviços financeiros, mostra que 22% das pessoas que chegam a velhice temem mais o risco de ficar sem dinheiro do que a morte. A sondagem, feita nos Estados Unidos, é potencializada no Brasil – onde os trabalhadores têm prazo predefinido para o empobrecimento: a aposentadoria.
No País, sai de cena o risco e entra o infortúnio da certeza. Pois não há como driblar o destino que aguarda uma grande massa brasileira, condenada previamente a assistir o declínio da qualidade de vida.

A exceção se circunscreve a alguns precavidos empresários e profissionais liberais – gente que gera a própria renda, convive com o risco em qualquer fase da vida e, em meio a altos e baixos, fluxos e refluxos, consegue entabular um plano B para o momento de pendurar as chuteiras.

Assalariados, porém, não têm oportunidades semelhantes. A eles, resta acionar o cronômetro e esperar pelo momento em que a aposentadoria chegará, corroendo seus orçamentos e padrões.

E não poderia haver momento pior para o encolhimento da renda.

Tudo é mais caro na velhice. Os preços dos planos de saúde aumentam estratosfericamente; a alimentação, com suas propriedades zero isso, zero aquilo, acresce vários dígitos aos códigos de barras dos produtos e os medicamentos (um leque sortido deles) entram em cena para ocupar o protagonismo dos gastos.

E é nesse momento – o pior deles, repito - que chega o empobrecimento. Não sem razão, aqui ou alhures, aumenta o temor da vida durar mais do que o dinheiro.

É realmente deprimente, desesperador até, o que aguarda o trabalhador brasileiro na reta final de sua vida. Gente que tanto se empenhou para ter o prazer de colocar sua qualidade de vida em rota ascendente, assiste impotente o declínio financeiro quando mais precisa.

Nem vou citar aberrações e situações extremas enfrentadas por algumas categorias funcionais, cujos salários são engordados por penduricalhos (muitas vezes correspondentes a mais da metade dos vencimentos e que jamais vão entrar na base de cálculo da pensão).

Com ou sem o abuso desses adendos, o empobrecimento é liquido e certo. O desespero e humilhações também.

Pois neste País continental, a distância que separa o bem estar da penúria; a subida da queda é uma fração de tempo – o hiato que separa trabalhadores em suas jornadas para conquistar qualidade de vida do seu epílogo deprimente, mais assustador do que a própria  morte.


FONTE DA NOTICIA - DR. ROBERTO CAVALCANTE - EDITORIAL DO JORNAL CORREIO DA PARAIBA - 01/12/2014.
 http://www.ejornais.com.br/jornal_correio_da_paraiba.html  
 

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