A presidente
Dilma Rousseff, confirmou, por meio de nota oficial, que seu antecessor,
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai assumir a Casa Civil no
lugar de Jaques Wagner. O ex-governador baiano será transferido para a
chefia do gabinete pessoal da presidência da República. Na nota, Dilma
também anuncia a nomeação do deputado peemedebista Mauro Lopes para a
Secretaria de Aviação Civil (SAC). Apesar de não confirmada
oficialmente, a data da posse está prevista para a próxima terça-feira
(22).
Jaques Wagner
vai assumi o lugar de Álvaro Henrique Bagio e, segundo informações de
bastidores, poderá ter status de ministro. A Secretaria de Imprensa da
Presidência, porém, não confirma a informação. Na nota enviada nesta
tarde (16/3), a presidente agradece o ministro o interino da SAC pela
“dedicação”. “A presidenta da República presta homenagem e agradecimento
ao Dr. Guilherme Walder Mora Ramalho pela sua dedicação”, escreveu.
Pela manhã, o
líder do PT na Câmara, Afonso Florence, antecipou a informação de que
Lula assumiria a Casa Civil, em coletiva na Câmara dos Deputados. Lula e
a presidente Dilma Rousseff estavam reunidos desde o início da manhã no
Palácio do Alvorada para definir os últimos detalhes da nomeação à
cadeira de ministro do governo.
O líder do
governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também anunciou a mudança em
seu Twitter. "Ministro Wagner no dia de seu aniversário mostra grandeza e
desprendimento ao deixar a Casa Civil. Lula novo Ministro da pasta!",
afirmou, na rede social. Hoje, Jaques Wagner completa 65 anos. Após a
reunião no Alvorada, o ministro passou no Planalto e em seguida partiu
para o aeroporto, onde embarca para Salvador.
Na noite de
terça-feira (15/3), Lula esteve reunido por mais de quatro horas com a
presidente e com os ministros da coordenação política. Antes da reunião,
Lula estava inclinado a aceitar a Secretaria de Governo por causa da
extensa demanda da Casa Civil. A longa conversa, porém, foi responsável
por mudar os rumos do ex-presidente.
Previamente
apelidado de super ministro, o ex-presidente deverá acumular funções no
governo da presidente Dilma. Olhará atentamente para a economia, fará a
ponte entre governo e o legislativo, recebendo deputados e senadores e
ainda ouvirá a sociedade no recentemente reativado Conselhão.
Como primeiro
desafio, Lula terá que rearranjar as cadeiras do tripé econômico para
conseguir dar uma resposta ao mercado financeiro. É esperado que ele
faça uma minirreforma no governo. Entre as possibilidades está trazer
Henrique Meirelles para o governo. Ex-presidente do Banco Central do
governo Lula, o executivo do setor financeiro brasileiro e
internacional, é uma saída para melhorar a economia, apesar de não ser
bem quisto pela presidente Dilma.
Na avaliação de
senadores petistas, Meirelles deve assumir novamente no Banco Central
no lugar de Alexandre Tombini, que está desgastado. Na Fazenda,
continuará o ministro Nelson Barbosa, apesar de não mais representar o
PT, porque, avaliam petistas, a ida de Meirelles para o Ministério da
Fazenda provocaria um tsunami ainda maior na economia do país.
Até essa
terça-feira (15/3), uma das condições para o petista bater o martelo da
definição do cargo dentro do Palácio do Planalto era a liberdade que a
presidente o daria para trocar os ministros da área econômica. Além de
cuidar da articulação política, Lula também deve assumir a liderança do
Conselhão, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Em 16/03/2016 - Fonte da notícia - Com Correio Braziliense
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