A
situação dos professores que não estão recebendo o piso nacional do magistério
em municípios paraibanos foi tema de audiência pública nesta terça-feira (05),
em Alagoa Grande, proposta pelo deputado estadual Bosco Carneiro
(Republicanos). O debate teve a participação da deputada Cida Ramos, que
preside a Comissão de Educação, Cultura e Desportos da Assembleia Legislativa
da Paraíba (ALPB).
Segundo
denúncias apresentadas aos parlamentares, gestões municipais, a exemplo de
Alagoa Grande, têm descumprido a lei federal que assegura o pagamento do piso
da categoria. “Viemos ouvir os professores e verificar a real situação, porque
a lei envolve todos os entes da federação, nos âmbitos federal, estadual e
municipal, e precisa ser cumprida”, adiantou Bosco Carneiro.
De acordo
com relato da professora Renolda Montenegro, no caso específico de Alagoa
Grande, desde 2017 a lei vem sendo descumprida, ferindo o direito dos
profissionais. “Esperamos o pagamento de todo o ano de 2023 e temos uma causa
já ganha na justiça obrigando a prefeitura a pagar o retroativo dos anos
anteriores”, expôs.
“A
valorização da educação tem pilares fundamentais, que envolvem a remuneração e
as condições de trabalho. Aqui, há uma defasagem que gera resultados
prejudiciais, como os índices do IDEB, muito baixos. Para se ter noção, entre
os 47 municípios da nossa região, Alagoa Grande encontra-se em 41º posição no
ranking. E a certeza que temos é que a culpa por esses dados preocupantes não é
dos professores”, denunciou o vice-prefeito Neto Carneiro, presente na reunião.
Ao fim da
audiência, ficou determinado que a Comissão de Educação, Cultura e Desportos da
ALPB fará o encaminhamento das informações e pedido de providências ao
Ministério Público e Tribunal de Contas. “É cabível à Assembleia, sendo Casa do
Povo, encaminhar as solicitações aos órgãos competentes. Temos responsabilidade
de falar por aqueles que não têm voz e combater o descumprimento à lei. Estão
prejudicando trabalhadores, ferindo o princípio da legalidade e, consequentemente,
também ensejando improbidade administrativa”, afirmou Bosco Carneiro.
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