AS DIFERENÇAS PROGRAMÁTICAS DOS CANDIDATOS NO SEGUNDO TURNO, ESTÃO ENTRE O SOCIAL E O CAPITAL COMO PRIORIDADES.
Confronto entre a petista Dilma Rousseff (PT) e o tucano Aécio Neves (PSDB) expõe projetos de País antagônicos na economia e na política externa. Confira as diretrizes gerais dos dois candidatos ao Palácio do Planalto:
Política externa
Dilma: Prioriza as relações com os países da América Latina e Caribe.
Num segundo governo, a petista dá indícios de que planeja fortalecer o
Mercosul, a Unasul e a Comunidade dos Países da América Latina e do
Caribe (Celac). O plano do PT também prevê que se dê ênfase para as
relações com a África e com os países integrantes do bloco dos Brics. Em
segundo plano, estão as relações com Estados Unidos e União Europeia.
Aécio: Se eleito, a gestão de Aécio Neves quer rever o modelo do
Mercosul e a posição do Brasil no bloco, além de definir novas
estratégias de negociações comerciais, bilaterais e globais. No plano de
governo, o tucano também propõe que o Brasil lidere a criação de uma
área de livre comércio que incluirá o México os países da América do
Sul, e conclua as negociações comerciais com a União Europeia.
Economia
Dilma: Sinaliza muito pouco sobre como quer conduzir a economia num
segundo mandato. A presidente já anunciou a saída do atual ministro da
Fazenda, Guido Mantega, se eleita, mas não nomeou um substituto. Nas
diretrizes apresentadas ao TSE, a campanha promete o combate à inflação,
para propiciar um crescimento sustentável. De forma genérica, a petista
fala em ampliação do mercado doméstico e do investimento.
Aécio: No programa de governo, Aécio promete cumprir a meta de inflação,
atualmente em 4,5%, e depois reduzi-la para 3%. O tucano também planeja
reduzir a banda de flutuação dos atuais dois pontos porcentuais para
1,5 ponto. Se eleito, o tucano já anunciou Armínio Fraga como ministro
da Fazenda. Aécio promete resgatar o tripé macroeconômico e elevar a
taxa de investimento do nível atual de 16,5% do PIB para 24%.
Representatividade
Dilma: Sem especificar, Dilma fala em reforma política e na convocação
de um plebiscito para a definição de vários temas que o partido
considera majoritários e de importância. A campanha petista também
promete uma reforma política, com a definição de regras para
financiamento do sistema eleitoral. Nas diretrizes apresentadas, o
partido defende mais espaço para a participação do cidadão nas decisões
governamentais.
Aécio: A campanha promete ampliar os canais permanentes diálogos com o
cidadão. No programa de governo, o tucano também prometeu o fim da
reeleição para presidente, governadores e prefeitos, com mandatos de
cinco anos para todos os cargos do Executivo e Legislativo, além da
unificação do período da eleição e dos mandatos. A campanha dele também
propõe o voto distrital misto.
Programas sociais
Dilma: Um eventual segundo mandato de Dilma Rousseff deve manter a atual
estrutural do programa sociais. O carro-chefe será a manutenção do
programa Bolsa Família, que atende todos os brasileiros em situação de
extrema pobreza. Dilma também planeja prosseguir com o programa Brasil
Carinhoso, que paga um valor adicional para os municípios que abrem
vagas em creches para crianças carentes.
Aécio: Quer transformar o Bolsa Família em política de Estado, incorporando o programa à Lei Orgânica da Assistência Social, e classificar todas as famílias do Cadastro Único do Governo Federal por níveis de risco. A campanha dele ainda defende a adoção do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), para medir a pobreza no País.
Serviço público
Dilma: Promete ampliar o atendimento em creches e universalizar a
educação infantil de 4 a 5 anos até 2016. A petista também fala em
aumentar a rede de educação em tempo integral para 20% da rede pública
até o fim do próximo mandato e as vagas disponíveis no Pronatec. Na
segurança, pretende criar a Academia Nacional de Segurança Pública para a
formação de policiais. Na saúde, defende o Mais Médicos Especialidades.
Aécio: Na segurança, assumiu o compromisso de reduzir a maioridade penal, para 16 anos, nos casos de crimes gravíssimos, e aumentar o papel do Ministério da Justiça. Aécio defende que o ministério passe dividir a responsabilidade com os Estados. Na saúde, se comprometeu a apoiar a proposta de aplicação de 10% da receita corrente bruta da União para o setor. Na educação, fala em implantar escolas de tempo integral.
FONTE - http://www.maispb.com.br/artigo.php?id_artigo=20141007084619
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