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BARRAGEM DE CAMARÁ - A TRAGÉDIA DE 2004 FOI CULPA DO GOVERNADOR DA ÉPOCA |
Depois de quase 20 anos da tragédia de Camará, no brejo da
Paraíba, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou que o rompimento da
barragem, em junho de 2004, ocorreu por falta de manutenção da gestão estadual,
que à época tinha Cássio Cunha Lima como governador. A decisão final foi
assinada pelo ministro Benedito Gonçalves após recurso impetrado pelo
Ministério Público Federal (MPF).
Na época da tragédia, Cássio vivia uma acirramento político
com o ex-gestor José Maranhão, que foi o responsável pela construção da obra.
De acordo com o STJ, o rompimento aconteceu, principalmente, por omissão, pelo
fato da obra não ter sido observada e monitorada após a construção, conforme
recomendado. O ministro salientou que, mesmo que uma falha geológica tivesse
sido identificada, esse não foi o motivo de rompimento.
O rompimento da barragem lançou em torno de 17 milhões de
metros cúbicos de água que percorreram, aproximadamente, 25 quilômetros até
invadir as ruas da parte baixa de Alagoa Grande, Areia, Alagoa Nova e Mulungu.
Cinco pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram desabrigadas.
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ALAGOA GRANDE FOI A MAIOR VÍTIMA DA TRAGÉDIA EM 2004 |
Em 2014, estavam em tramitação 550 ações com pedidos de
indenização que variam de R$ 6 mil a R$ 80 mil. Elas eram movidas por moradores
que seguem em uma batalha judicial por conta de danos morais e materiais contra
o governo do Estado. Dois anos depois, o então governador Ricardo Coutinho
entregou a reconstrução da obra, a Barragem Nova Camará, em Alagoa Nova,
beneficiando aproximadamente 225 mil habitantes.
Fonte da Matéria - Wscom
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