Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada
de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de
pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve
um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e
com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio,
uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos
dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por
desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os
manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a
multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos
passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, no dia 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar
anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de
trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às
lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é
dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse
novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos
trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.
Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data
como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores
estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de
trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
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