As obras da primeira biorrefinaria do Norte-Nordeste do Brasil, que
funcionará em Alagoa Grande, no Brejo paraibano, deverão ter início na
segunda quinzena de abril. A diretoria da Bioenergy - Biomassa e Energia
Renovável, empresa responsável pelo projeto, confirmou que o projeto
receberá investimento de R$ 2,5 milhões e levará três anos para ser
concluído. Unindo sustentabilidade ecológica, social e econômica, o
desafio será injetar R$ 6 milhões por ano na economia da região ao
produzir 1,7 milhão de litros de etanol.
A intenção
dos investidores é exportar biocombustíveis feitos no Brejo paraibano
até países nórdicos como Alemanha e Noruega, contando com a ajuda de 25
comunidades na região. Quando estiver em pleno funcionamento, o local
vai gerar 730 empregos diretos e indiretos. Além do etanol, a previsão é
de que 7,8 mil toneladas de "briquetes" (biocombustível que substitui a
lenha e o carvão) e 16,5 mil metros cúbicos de biofertilizantes sejam
produzidos ao ano.
O chefe executivo da empresa,
Severino Sousa, informou que as obras já deveriam ter começado, mas que
foram adiadas porque as equipes estão aguardando a licença ambiental.
“Ainda não recebemos a licença da Superintendência de Administração do
Meio Ambiente (Sudema). Mas se começarmos a obra no tempo que
aguardamos, a previsão é que a biorrefinaria comece funcionar entre
junho e julho, já na próxima safra de cana de açúcar”, declarou.
Prédio ficará pronto em 90 dias
No
processo de construção serão empregados 12 funcionários da área da
construção civil para edificar a estrutura do prédio que demora de 60 a
90 dias para ficar pronto. “Estamos recebendo total apoio da prefeitura
da cidade. No ano passado, por questões políticas, não recebemos e nem
regularizamos alguns documentos. Isso atrasou um pouco o processo. Ao
todo, serão três anos para ficar tudo consolidado. Primeiro teremos a
fase de construção, a princípio vamos trabalhar com a matéria prima que
já existe e no decorrer do processo, vamos complementar com novas
matérias-primas, que seria a parte de girassol e sorgo-sacarino, que são
culturas que ainda não existem na região”, declarou.
A biorrefinaria será instalada em uma área de 3,5 mil metros quadrados, no sítio Engenho Baixinha, zona rural de Alagoa Grande.
A
expectativa é de que a produção do etanol, feito com a cana-de-açúcar,
gere uma redução de até 10% no preço do álcool revendido na região do
Brejo. A maior parte do investimento foi financiada através do Banco do
Nordeste, feito por uma linha de crédito que visa fomentar a
industrialização do Nordeste.
Além do etanol, a
empresa se voltará a fabricação de outros três produtos: ração animal,
biofertilizantes e o "briquete" (biocombustível feito através da
compactação mecânica de resíduos. No caso da biorefinaria, o bagaço de
cana será o resíduo utilizado). Os "briquetes" são utilizados em
substituição à madeira e carvão usados em fornalhas. “Os fatores para
escolher essa região foram a disponibilidade de insumos secundários, a
logística de transporte, já que ficaremos próximos a grandes
compradores, a articulação com os assentados, sindicatos e associações
de agricultores e o potencial de mão-de-obra familiar”, explicou
Severino.
Segundo ele, os
agricultores de 23 assentamentos da região receberão capacitação da
empresa. “Faremos a capacitação técnica e social dos agricultores da
área, pois não há atividade comercial, apenas de subsistência. E com
isso queremos capacitar essas famílias, uma média de 1,5 mil pessoas,
para serem beneficiadas nesses locais e desenvolver atividades de cunho
econômico”, frisou.
FONTE - http://www.pbtudo.com.br/noticias/3578.html
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terça-feira, 26 de março de 2013
Em foco, mais uma promessa de que Alagoa Grande terá BioRefinaria em três anos
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