HOJE, 26
de Julho de 2015, Alagoa Grande completa 150 anos de emancipação política do
Município de Areia, fato que aconteceu em Julho de 1865. Um Município que já foi uma potencia
econômica no brejo e no cenário paraibano.
Já
tivemos empresas processadoras do AGAVE, do ALGODÃO, USINA DE AÇUCAR, ramal
FERROVIÁRIO ligado a Capital, colégio de FREIRAS, CLUBE 31, OFICINA DO ALEMÃO,
EMPRESA DE ÔNIBUS, MOINHO DE CAFÉ, SABOARIA, AGENCIA DE AUTOMÓVEL ZERO
KILÔMETRO, TIRO DE GUERRA DO EXÉRCITO, FESTA DA PADROEIRA, SÃO JOÃO, NATAL E
ANO NOVO, Etc, etc.
Ao longo dos anos nosso
Município vem se enfraquecendo ano a ano; primeiro perdendo a potencialidade
econômica e ultimamente, se degenerando socialmente. O padrão de vida de nosso povo e a
autoestima, andam no fundo do poço e apesar de culparem a crise nacional, não é
temeroso se afirmar que nossa crise é
mais de gestão administrativa.
Não fosse
a degeneração econômica e social fruto do acumulo de erros passados, por ironia
do destino, observamos inertes que o modelo de gestão utilizado pelo Prefeito
atual tem contribuído visivelmente para que tal crise se acentue.
Aqui
vivenciamos hoje uma das mais rudimentares administrações dos últimos tempos
onde o titular disputa com ele mesmo o título de campeão da mediocridade. Seria cômico se não fosse o fato lastimável.
Premiada a cada ano com um rótulo desastroso,
assim foi o primeiro ano rotulado como o ano em que “a SECRETÁRIA DA SAÚDE foi
despedida por abuso no uso de diárias” e o ano foi rotulado como o do ESCANDALO
DAS DIÁRIAS; o segundo ano aconteceu problemas nas licitações fato que levou
lamentavelmente funcionários á prisão e ficou rotulado como sendo o ano do
“ESCÂNDALO DAS LICITAÇÕES”; neste terceiro ano, nota-se que todo o corpo
administrativo está doente, infectado, tanto que estourou tremenda “ferida” na
gestão da ASSISTENCIA SOCIAL e terminou por rotular o ano administrativo como
sendo o de “ALAGOAGRANDENSES COMENDO RATOS”.
Já estamos a temer e ao mesmo tempo rogando á Deus para que 2016 não
sejamos penalizados com a reeleição da atual fórmula desastrosa e
catastrófica. Seria para nós a tragédia
maior, o juízo final do Município; é bom nos prevenirmos para o pior.
É
vergonhoso, inaceitável, incompreensível, soa como revanchismo observar como um
Prefeito ver o seu Município completar uma data que nenhum de nós vamos ter o
prazer de vivenciá-la novamente, uma
data extra, exclusiva, de 150 anos, e não aproveitar de sua CULTURA para
comemorar a data com um grande e alegre festival.
Esperem
um pouco, CULTURA, vírgula, porque nossa vasta e poderosa Cultura também foi
atingida com a operosidade do mal uma vez que a SECRETARIA DA CULTURA foi
desativada, vários grupos de teatro se acabaram, grupos de forrós não recebem o
menor apoio, violeiras, cirandeiras, festa da Padroeira, São João das
comunidades, São Pedro de Zumbi, festa da Vila São João, Forró Fest, Carnaval,
tudo e muito mais foram sacrificados e até a Banda de Música Cônego Firmino
Cavalcante, de 57 anos de idade, foi desativada e para tocar a alvorada do
sesquicentenário comemorado hoje, é preciso se trazer uma banda de uma cidade
vizinha.
Acabaram-se
as indústrias, as feiras grandiosas também se acabaram, o comércio vive a
chorar, a saúde anda um caos, a infraestrutura uma tábua de pirulitos, a
agricultura tem de se valer da importação até de coentro, e por fim, hoje
também se acabou aquela vida pacata do interior onde as pessoas conversavam em
suas calçadas ou se saia para as praças resenhar, não se pode sequer andar
descontraídos pelas ruas da cidade porque se sabe que os marginais tomaram
conta da Cidade e só se fala hoje em roubos, assaltos, arrombamentos, drogas,
transito infernizado.
Chegou
a hora de se convocar os filhos desta terra que verdadeiramente amam sua “terra
mãe”; chegou a hora de se dar um basta, de se repensar, de se planejar, de se
projetar um horizonte diferenciado de tudo isto que estar aí.
Infelizmente
é triste se dizer mas nossa querida Alagoa Grande chega cambaleando nos seus
150 anos e com o peso dos erros acumulados, se transformou ha algum tempo,
infelizmente, repito, em ALAGOA, GRANDE FAVELA.
Severino
Antonio (bibiu do jatobá).
Conselheiro
Estadual da Cultura.
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