Por que os economistas erram tanto as suas previsões? A pergunta é de Laura Carvalho, na Folha de S. Paulo de hoje.
Em uma coluna chamada “Tragédia de Erros”, ela relaciona erros
cometidos pelo FMI na Grécia e o ajuste fiscal no Brasil. Observa que o
FMI reconheceu, na semana passada, o que já era fácil de enxergar em
seus próprios relatórios anuais para a economia grega: a dívida da
Grécia é insustentável e deve, portanto, ser perdoada e renegociada.
Um dos erros nos relatórios do FMI eram as projeções exessivamente otimistas, desde 2088, para o crescimento da economia grega. Os erros dos economistas acontecem, explica ela, por dois motivos. Um de caráter econômico, outro de caráter político. O primeiro: os modelos usados não consideram que a redução dos gastos e investimentos públicos reduz também a contribuição do governo para a demanda agregada, o emprego e a renda da população. E que isso desestimula o consumo, as vendas e o investimento privado e, portanto, torna ineficaz a tentativa de melhorar os indicadores fiscais. O PIB menor e a queda na arrecadação impossibilitam a retomada de uma trajetória sustentável de endividamento, ela observa.
Outro erro, de acordo com Laura Carvalho, é de caráter político e ideológico. “Não é difícil reinterpretar a insistência na defesa de políticas que fracassaram, tanto do ponto vista fiscal, quanto da retomada do crescimento, como muito bem-sucedidas em cumprir outros objetivos: a limitação ao provimento de serviços públicos e de proteção social abrangentes, a repressão ao crescimento dos salários, em suma, o enfraquecimento dos Estados de bem-estar social europeus em geral”.
E então, ela relaciona tudo isso com a situação brasileira. “Apesar dos consecutivos aumentos no desemprego, frutos do baixo dinamismo das demandas externa e interna, os defensores do ajuste fiscal no Brasil continuam a projetar uma melhora na confiança dos empresários e no crescimento econômico, que até agora não deram qualquer sinal de que vão aparecer”, escreve. Apesar dos cortes nos gastos, as sucessivas quedas no crescimento e na arrecadação tributária indicam que o governo não conseguirá chegar nem perto da meta de superavit. “Como esperar um mea culpa seria querer demais”, conclui ela, “resta torcer para que os erros não sejam repetidos tantas vezes por aqui”.
Severino Antonio (bibiu) - Notícias de alto nível filtrada no site -
Fonte da noticia - http://www.zedirceu.com.br/brasil-aposta-fichas-que-ruiram-na-grecia/?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Uma+semana+e+tanto%2C+no+Brasil+e+no+mundo.
Um dos erros nos relatórios do FMI eram as projeções exessivamente otimistas, desde 2088, para o crescimento da economia grega. Os erros dos economistas acontecem, explica ela, por dois motivos. Um de caráter econômico, outro de caráter político. O primeiro: os modelos usados não consideram que a redução dos gastos e investimentos públicos reduz também a contribuição do governo para a demanda agregada, o emprego e a renda da população. E que isso desestimula o consumo, as vendas e o investimento privado e, portanto, torna ineficaz a tentativa de melhorar os indicadores fiscais. O PIB menor e a queda na arrecadação impossibilitam a retomada de uma trajetória sustentável de endividamento, ela observa.
Outro erro, de acordo com Laura Carvalho, é de caráter político e ideológico. “Não é difícil reinterpretar a insistência na defesa de políticas que fracassaram, tanto do ponto vista fiscal, quanto da retomada do crescimento, como muito bem-sucedidas em cumprir outros objetivos: a limitação ao provimento de serviços públicos e de proteção social abrangentes, a repressão ao crescimento dos salários, em suma, o enfraquecimento dos Estados de bem-estar social europeus em geral”.
E então, ela relaciona tudo isso com a situação brasileira. “Apesar dos consecutivos aumentos no desemprego, frutos do baixo dinamismo das demandas externa e interna, os defensores do ajuste fiscal no Brasil continuam a projetar uma melhora na confiança dos empresários e no crescimento econômico, que até agora não deram qualquer sinal de que vão aparecer”, escreve. Apesar dos cortes nos gastos, as sucessivas quedas no crescimento e na arrecadação tributária indicam que o governo não conseguirá chegar nem perto da meta de superavit. “Como esperar um mea culpa seria querer demais”, conclui ela, “resta torcer para que os erros não sejam repetidos tantas vezes por aqui”.
Severino Antonio (bibiu) - Notícias de alto nível filtrada no site -
Fonte da noticia - http://www.zedirceu.com.br/brasil-aposta-fichas-que-ruiram-na-grecia/?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Uma+semana+e+tanto%2C+no+Brasil+e+no+mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário